Exposição: Lisboa subterrânea
Para esta exposição temporária organizada no âmbito da iniciativa Lisboa Capital Europeia da Cultura 94, a Casa-Museu cedeu em regime de empréstimo uma salva de prata inglesa, de George Mauger (act. 1776-1823) que foi recolhida dos escombros do terramoto de 1755.
Inscrição: “This waiter was taken from amidst fire and ruins of the City of Lisbon in the year 1755 when that capital was destroyed by a dreadful earthquake and conflagration in which 70 000 people perished”.
Local: Museu Nacional de Arqueologia
Data: 26 abril 1994 – 29 janeiro 1995
“«Lisboa Subterrânea» é uma exposição aliciante e multímoda. Não é sua preocupação a homogeneidade monolítica do discurso, mas antes a constatação da sua diversidade. Discurso construído naturalmente a partir da informação disponível, o que explica a diferente proporção do espólio nela presente, traduzindo diferentes ritmos de pesquisa e diferentes volumetrias de artefactos recuperados. Como exposição, poderia apenas pretender «mostrar». No entanto, vai mais longe, procurando evidenciar áreas sombrias, dúvidas e interrogações, abordar questões novas ou reviver outras, que necessitavam atualização. «Lisboa Subterrânea» é também um conceito de «geografia variável», jogando com uma área ampla que, para os tempos anteriores à nossa era, se alarga compreensivelmente a toda a Península do mesmo nome. Mas mesmo quando Lisboa é romana como a compreender sem os campos que a rodeiam, os agriolisiponensis, que abastecem a cidade? Esta Exposição é também um apelo veemente aos seus visitantes: lá fora está a Cidade, a sua longa e complexa vida, aqui representada apenas por uma imagens-referência, por símbolos, por pistas. É necessário não esquecer que a Exposição abre a tudo o resto, às grutas de Alapraia e à colina fortificada de Leceia, às termas dos Cássios e ao enigmático edifício da Rua da Prata, à Sé e ao Castelo, à Baixa pré-pombalina…”