Maison Bapst et Falize
A [Casa] Maison Bapst et Falize nasce em 1880 resultado da associação de dois dos maiores joalheiros parisienses: Germain Bapst (1853-1921) e Lucien Falize (1839-1897).
Germain Bapst é herdeiro de uma linhagem de joalheiros, antigos fornecedores da coroa francesa desde 1734. No entanto, percebendo que a sua vocação era primordialmente o estudo e não a criatividade, em 1892 dissolve a sociedade com Lucien Falize, passando a dedicar-se apenas à investigação da arte francesa. Nesse contexto, participa em três missões de estudo ao Cáucaso, tendo sido membro do conselho de administração do Museu de Artes Decorativas, bibliófilo, historiador, historiador da arte… Membro de inúmeras sociedades artísticas foi dos mais profícuos estudiosos com incontáveis publicações históricas e artísticas, ainda hoje importantes bases de pesquisa.
Lucien Falize herda a casa de joalharia do pai após a sua morte, transformando-a numa das mais famosas de Paris, ao recuperar o gosto pelo uso do esmalte aplicado à joalharia e ao introduzir as formas botânicas e o japonismo nas joias, antecipando a Arte Nova.
Criativo por natureza o seu trabalho baseou-se no estudo retirado das inúmeras viagens que fez: as civilizações longínquas no tempo e espaço atraíam-no: China, Assíria, Babilónia, Índia, Egipto, Japão, todas marcaram profundamente as suas peças.
Para além da faceta criativa, Lucien Falize promoveu também o ensino, através da Union Centrale des Arts Decoratifs (UCAD) [actualmente Museu de Artes Decorativas] que tinha como objectivo aproximar a indústria da arte associando o útil e o belo, pois acreditava na preparação técnica e artística dos designers /artistas. A sua participação nas exposições universais de 1867 (ainda com o pai), 1878 onde é recompensado com a Legião de Honra e um Grande Prémio, 1889 (apresenta trabalhos mas não concorre, visto ser relator do júri) deram enorme projeção ao seu trabalho.