[1] Rui Galopim de Carvalho, Pedras preciosas na arte e devoção. Tesouros gemológicos na Arquidiocese de Évora. Lisboa: Fundação Eugénio de Almeida, 2006, 94-96.
[2] James E. Shigley et al., “Inclusions in Gemstones”, Gems & Gemology, vol. 58, n.º 2 (Summer 2022): 234-242; Rui Galopim de Carvalho, “Inclusões, importância em gemologia”, Portugal Gemas, número 8, outubro 2009, 5; Galopim de Carvalho, Pedras preciosas na arte e devoção, 97.
[3] Agradecemos a colaboração de Henrique Braga pela disponibilização dos seus conhecimentos e instrumentos científicos no decurso desta investigação.
[4] Yun Luo e Christopher M. Breeding, “Fluorescence produced by optical defects in diamond: measurement, characterization, and challenges”, Gems & Gemology, vol. 49, n.º 2 (Summer 2013): 82-97.
[5] Karen V. Smit e Steven B. Shirey, “Diamonds from the Deep: How Do Diamonds Form in the Deep Earth?”, Gems & Gemology, vol. 54, n.º 4 (Winter 2018), 442.
[6] Propriedade física que caracteriza a resistência que a superfície de um material oferece ao ser riscada, utilizando-se geralmente para a sua medição um conjunto de dez minerais que constituem a escala de dureza de Mohs, dos menos aos mais duros: 1 – Talco; 2 – Gesso; 3 – Calcite; 4 – Fluorite; 5 – Apatite; 6 – Ortoclase; 7 – Quartzo; 8 – Topázio; 9 – Corindo; 10 – Diamante.
[7] Propriedade ótica que carateriza a reflexão da luz incidente sobre a superfície de uma gema, que deriva do índice de refração, isto é, a razão entre a velocidade da luz no vácuo e a velocidade da luz num determinado meio.
[8] Propriedade ótica que caracteriza a dispersão da luz incidente sobre uma gema, refratando-a entre os diferentes comprimentos de onda, ou diferentes cores do espetro da luz visível, no seu interior.
[9] Propriedade ótica que caracteriza os reflexos da luz incidente sobre as várias facetas de uma gema em movimento, criando um contraste de luz e sombra à sua superfície e no seu interior.
[10] A conjugação destes quatro fatores determina o valor comercial dos diamantes lapidados, tabelado atualmente na Rapaport Price List – Rapaport, “The Rapaport Price List – the Primary Source for Diamond Price Information”, https://www.diamonds.net/Prices/RapaportPriceLists.aspx.
[11] Rui Galopim de Carvalho, Pedras preciosas na arte e devoção, 20.
[12] Êxodo 28:18 e 39:11; Jeremias 17:1; Ezequiel 28:13.
[13] Rui Galopim de Carvalho, “A evolução dos talhes do diamante do século XVI ao século XVIII em Portugal”, Revista de Artes Decorativas, n.º 5 (2011): 153-162.
[14] De fato, apenas se conhece um exemplar da utilização deste talhe em Portugal, tanto em coleções públicas como privadas: um diamante do relicário do Santo Espinho e do Santo Lenho, encomendado pela rainha D. Leonor (1458-1525) em cerca de 1510, no acervo do Museu Nacional de Arte Antiga (n.º de inventário 106 Our). Vd. http://www.matriznet.dgpc.pt/MatrizNet/Objectos/ObjectosConsultar.aspx?IdReg=260689; Rui Galopim de Carvalho, A evolução dos talhes do diamante do século XVI ao século XVIII em Portugal, 153-162.
[15] Galopim de Carvalho, Pedras preciosas na arte e devoção, 22.
[16] Regista-se uma hipótese avançada por Leonor d’Orey, transmitida oralmente e infelizmente desprovida de qualquer evidência documental que a sustente, segundo a qual esta peça poderia ter origem numa escultura de Nossa Senhora proveniente de uma igreja em Setúbal.
[17] Veja-se o exemplo análogo da peça em depósito no Museu Nacional Soares dos Reis (n.º de inventário 211 Our MNSR), reproduzida numa gravura de Froes Machado (1759-1796) como adorno de corpete de uma imagem de Nossa Senhora do Monte do Carmo de Lisboa (Luísa Penalva. “As jóias da Virgem do Carmo”. AAVV, “Varia”, Revista de História da Arte, n.º 2 (2006), 236-241; “Guarnição de Corpete”, MatrizNet http://www.matriznet.dgpc.pt/MatrizNet/Objectos/ObjectosConsultar.aspx?IdReg=305340&EntSep=5#gotoPosition).
[18] “Ornamento de corpete”, MatrizNet. http://www.matriznet.dgpc.pt/MatrizNet/Objectos/ObjectosConsultar.aspx?IdReg=257701; Leonor d’Orey, Cinco séculos de joalharia. Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa, Londres: Instituto Português de Museus, Zwemmer, 1995, 11, 58-59; Gonçalo de Vasconcelos e Sousa, Reais jóias do norte de Portugal, Porto: Palácio da Bolsa, Associação Comercial do Porto, 1995, 54.
[19] Ilustrada em Gonçalo de Vasconcelos e Sousa, A joalharia em Portugal, 1750-1825, Porto: Livraria Civilização Editora, 1999, 53, 56, 109.
[20] Ilustradas em Vasconcelos e Sousa, Reais jóias do norte de Portugal, 53 e 98.
[21] “Bodice ornament”, Victoria and Albert Museum. https://collections.vam.ac.uk/item/O116849/bodice-ornament-unknown/.
[22] “Breast jewel”, DIVA Museum, Stad Antwerpen https://divaantwerp.be/en/collection/explore/dmk961-26158; Jan Walgrave. The Splendour of Diamond, 46, 243-244.
[23] “Joya de pecho, CE28757”, CER.ES (Colecciones en Red), Ministerio de Cultura y Deporte. https://ceres.mcu.es/.
[24] Por vezes apelidados de “diamantes indianos”, em alusão aos diamantes utilizados na Europa de seiscentos e de transição para setecentos, anteriores à descoberta dos diamantes do Brasil, em cerca de 1720. Consideramos que é importante abordar esta terminologia com cautela e considerar algumas questões pertinentes… Em primeiro lugar, considere-se a origem geográfica dos diamantes, maioritariamente procedentes da Índia, mas também, embora em reduzidas quantidades, do sudeste asiático (Bornéu). Além disso, é relevante destacar que os diamantes utilizados na Índia eram frequentemente polidos de forma rudimentar, aproveitando o hábito cristalino da pedra, o que difere dos diamantes lapidados em estilos europeus, como os que encontramos nas peças em análise. Por outro lado, a utilização do termo “diamantes indianos” como referência a uma datação pré-1720 parece descurar a continuidade de circulação e utilização de diamantes provenientes da Índia, muito após esta data (Henrique Braga e Sofia Ruival, “As joias da Carreira da Índia”, Revista Ourivesaria Portuguesa, n.º 2, abril 2015, 43).
[25] Vejam-se, a título exemplificativo, os exemplos comparativos coevos: Leonor d’Orey e António Filipe Pimentel, La magie des couleurs et des pierres. Bijoux du XVIe au XIXe siècle, Bruxelas: Piet Jaspaert, 1991, 71; Gonçalo de Vasconcelos e Sousa e Rosa Maria dos Santos Mota, Entre ouros e pedrarias na colecção IFC, Porto: Colecção IFC, 2022, 27, 29, 68; D’Orey, Cinco séculos de joalharia, 50 e 67.
[26] Marca do ourives do Porto Guilherme Pinto da Silva, registada em 1891, transferida em 1940 para Guilherme Pinto da Silva, Sucessores, e cancelada em 1968. Manuel Gonçalves Vidal e Fernando Moitinho de Almeida, Marcas de Contrastes e Ourives Portugueses, volume II (1887 a 1993), Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1997, 194 (marca n.º 1866).
[27] Rui Galopim de Carvalho, pers. comm., 19.06.23.
[28] Henrique Braga e Sofia Ruival, “Splendor et Gloria. Cinco joias setecentistas de exceção”, Revista Ourivesaria Portuguesa n.º 1, novembro 2014, 15.
[29] Henrique Braga, pers. comm., 30.04.23.
[30] João Júlio Rumsey Teixeira, mensagem de email endereçada à autora em 09.02.22.
[31] Henrique Braga, pers. comm., 30.04.23.
[32] Henrique Braga, pers. comm., 30.04.23.
[33] Romy Cockx; Iris de Feijter, Brilliant stories. On gold – and silversmithing, jewellery, and diamonds, Antuérpia: DIVA, Lannoo Publishers, 2018, 118-119.
[34] Veja-se pulseira similar, em estojo idêntico, no leilão de 16 de julho de 2020 da Maison Aguttes, em Paris: Agutes, “Boucheron”, https://www.aguttes.com/lot/104636/12921504-boucheron-important-bracelet-d.
[35] Henrique Braga, pers. comm., 30.04.23.
[36] Vidal e Almeida, Marcas de Contrastes e Ourives Portugueses, 47 (marca n.º 398).
[37] Gonçalo de Vasconcelos e Sousa, “Representações fito e zoomórficas na joalharia em Portugal no século XIX”, 3r Congrés Europeu de Joieria “La Joia en L’art i L’art en la Joia”, Barcelona: Museu Nacional d’Art de Catalunya, 2018, 284.
[39] Henrique Braga, pers. comm., 30.04.23.
[40] AA. VV., Normas de inventário: Ourivesaria, Lisboa: Instituto dos Museus e da Conservação, 2011, 128; Rui Galopim de Carvalho, “Nomenclatura Gemológica. Interpretação de expressões em desuso”, Portugal Gemas, número 5, janeiro 2009, 7.