Destaque Junho de 2015
“Pedras Sonoras”
Instrumentos musicais – “Qing” (2)
China, Dinastia Qing, reinado Kangxi (1661-1722), 1716
Nefrite verde escuro (espinafre) / Nefrite verde claro (maçã), ouro, fio de seda, madeira (suporte)
C.50cm x L.20cm x Esp.2.5cm x Peso: 5.550kg / C.50cm x L.20cm x Esp.3.2cm x Peso: 6.800kg
A Casa-Museu possuiu dois instrumentos musicais chineses na sua coleção que se destacam pela sua beleza, material, decoração, raridade e proveniência. Tratam-se de instrumentos de percussão, conhecidos por “pedra sonora” ou “pedra de soar” (qing).
Da forma auspiciosa à qualidade do material, nefrite verde e decoração imperial, este instrumentos são peças raras pertencentes a um carrilhão de 16 pedras, datado de 1716, pertencente ao círculo do imperador Kangxi (1662-1722).
O Jade – Jadeíte e Nefrite
O jade é um material natural cuja denominação gemológica engloba dois minerais quimicamente diferentes, mas semelhantes nas características e utilização. O mais raro e valioso é a jadeíte (silicato de sódio e alumínio), material mais brilhante e translúcido que existe em variantes de verde (o famoso verde esmeralda/espinafre é conhecido na China como ‘jade imperial’), em vermelho, lavanda, preto e branco. A nefrite (mais frequente na natureza), – composta por silicato de cálcio e magnésio -, é mais macia e apresenta uma grande gama de cores existindo em verde-claro a escuro e em variantes de branco sujo, amarelo, preto, cinzento, castanho e azul. São frequentes as inclusões de outros minerais, que resultam em veios de cores diferentes.
O valor do jade depende da cor, brilho e transparência, sendo as cores verde-esmeralda para a jadeíte e branco para a nefrite as mais apreciadas. A apreciação passa ainda pela interpretação de cada pedaço de pedra que se traduz no desenho escolhido que, juntamente com a complexidade e técnica do trabalho de escultura/gravação, tem que valorizar as caraterísticas naturais da pedra – a(s) cor(es) e a transparência. O nível de polimento e leveza conseguidos são igualmente importantes.
Sendo um material muito duro (6 a 7 em 10 na escala de Mohs – dureza), logo difícil de trabalhar, a técnica de trabalho envolvia outros minerais mais duros na escala de dureza, abrasivos, que eram usados (em bruto ou moídos) para esculpir, perfurar e friccionar o jade (quartzo, granadas ou corindo) . Cada peça é feita a partir de um só pedaço de pedra.
O Jade na China
O jade foi trabalhado na China desde o Neolítico (c. 7-4.000 a.C.), tendo-se iniciado então uma tradição que se mantém até hoje. Pelas suas características de beleza e de resistência foi desde sempre altamente apreciado pelos chineses tendo sido considerado como a pedra mais preciosa (além do ouro, prata ou da esmeralda) atribuindo-lhe os chineses complexos simbolismos. Como tal, o seu uso esteve ligado ao poder e ao prestígio ao longo de toda a história da China. Tão poderoso era considerado o jade que era entendido como o intermediário entre os homens e o Céu. O próprio carater do jade denuncia essa ligação; a palavra ‘yù‘ é composta pelo radical tu = terra e pelo dian (o ponto) = gota de céu.
A este propósito, Chan Hou Seng, Diretor do Museu de Arte de Macau cita um texto de Confúcio (551-479 a.C.) que enaltece as onze virtudes do jade ilustrando o profundo significado espiritual do jade na China Antiga: “O junzi [letrado] dos tempos antigos usava peças de jade em sinal de virtude. Macio, liso e brilhante, parecia-lhes como a benevolência; fino, compacto e forte, parecia-lhes como a inteligência; anguloso sem ser aguçado ou cortante, parecia-lhes como a justiça; suspenso (em contas) e como que caindo na direção da terra, parecia-lhe como a (humildade) da propriedade moral; quando percutido, a sua nota clara e prolongada, mas terminando abruptamente, parecia-lhes musical; com defeitos que não escondiam a sua beleza, e uma beleza que não escondia os seus defeitos, parecia-lhes como a lealdade; com um brilho interior irradiando de todos os lados, parecia-lhes como a boa-fé; radioso como um arco-íris, parecia-lhes como o céu; refinado e misterioso, surgindo nas montanhas e torrentes, parecia-lhes como a terra; fazendo-se conspicuamente notar nos símbolos de estatuto, parecia-lhes como a virtude e, estimado por todos, era tido como manifestação da via da verdade e do dever”.
Os artefactos em jade refletem a evolução da cultura chinesa; cronologicamente, o uso do jade resume-se em diferentes tipologias: artefactos de guerra/caça, amuletos mitológicos, atributos imperiais, artefactos rituais, formas simbólicas, artigos utilitários e objetos do quotidiano erudito e de ornamentação pessoal. O significado espiritual e ritual do jade conheceu um certo declínio nas dinastias Ming e Qing dando lugar a um entendimento menos simbólico, tendo-se os artefactos tornado em objetos utilitários e ornamentais, portadores de boa sorte e felicidade sendo destinados à contemplação estética, manuseamento e entretenimento. Os modelos antigos são repetidos (se bem que despidos do seu simbolismo) mas surgem novas tipologias ditadas pela imaginação dos artistas.
A valiosa jadeíte (rara na China) foi importada do norte de Myanmar (Burma) desde a dinastia Ming (1368-1644) cruzando a província de Yunnan através da Rota da Seda, tendo continuado a ser importada na dinastia Qing mas sempre condicionada às sensíveis questões políticas e geograficas.
A nefrite que forneceu a China desde o Neolítico, ocorre principalmente na região de Khotan (deserto de Taklamakan, no sopé das montanhas de Kunlun ) e nas montanhas de Yarkand ambos na província de Xinjiang (noroeste), porém, o facto de esta província ter estado em permanente disputa com outros povos, levou a que o fornecimento não fosse constante, o que era refletido no ritmo e qualidade da produção.
No que respeita à dinastia Qing, se desde o início do século XVII houve fornecimento de nefrite à corte de Pequim, foi só em 1759 que a distante província de Xinjiang foi definitivamente conquistada (trata-se hoje em dia de uma região autónoma), passando a pagar um tributo anual em nefrite (nomeadamente o apreciado branco) diretamente à corte do imperador Qianlong (1736-1795). Grandes quantidades de nefrite passaram a ser levadas para a cidade de Suzhou, na província de Jiangsu, o centro de produção de jade na altura.
Foi no reinado do imperador Qianlong, devido ao patrocínio imperial, que a arte de esculpir o jade atingiu o apogeu tornando-se mesmo uma indústria. As encomendas destinadas aos palácios imperiais foram inúmeras. A qualidade e quantidade de pedra disponível aliada a novas técnicas e materiais utilizados no seu fabrico deram lugar a uma época áurea em termos criativos na qual tipologias do passado foram repetidas ou interpretadas e inúmeras contaminações de outros materiais foram introduzidas nesta arte de tradição milenar. Conforme referido, trata-se já de um entendimento do jade enquanto material precioso pelo qual os chineses tinham muito apreço, mas sobre o qual já não existia a carga simbólica de outros tempos.
QING – O instrumento musical
As pedras sonoras são instrumentos musicais de percussão chamados qing (litofone). O qing é um dos mais antigos instrumentos musicais chineses, provavelmente desenvolvido a partir do xilofone no início da dinastia Shang (c.1600-1027 a.C.) quando os antigos se aperceberam que, batendo nas pedras, estas produziam sons e que estes variavam conforme o seu tamanho, criando música. Os instrumentos daí advindos, primeiro em pedra calcária ou mármore (qing) e depois em bronze (zhong), adquiriram a forma de esquadro, variando de tamanho e espessura conforme o tom para que eram calibrados. A forma da peça é ainda auspiciosa pois representa um dos oito objetos preciosos e o esquadro do carpinteiro, significado de uma vida justa e honesta. As antigas pedras eram decoradas com simbologia associada ao poder como tigres, leões e dragões e possuíam ao centro um orifício que permitia a suspensão de uma armação (shuju), também esta objeto de desenvolvida decoração.
As pedras tocam-se em conjuntos, sendo a percussão feita com um tipo de martelo (baqueta) em madeira na seção mais comprida da pedra. Existem dois tipos de conjuntos: o carrilhão cujo número de pedras variou ao longo dos tempos entre oito a vinte e quatro, que eram suspensas na mesma armação – o bianqing – e o carrilhão composto por doze pedras, com as 12 notas (semitons) da escala chinesa, suspensas em armações individuais – chamado teqing.
As pedras sonoras em jade (yuqing), mais raras, são conhecidas desde o final da dinastia Zhou (c. 711-221 a.C.) considerando-se – devido à fama do jade – que produziam o melhor som. Para o seu fabrico era necessária uma escolha criteriosa do material que teria que ser de cor uniforme para todo o conjunto e sem falhas para que o som fosse da melhor qualidade.
A música sempre teve grande significado na China acreditando-se que exercia influência nas faculdades administrativas do imperador e dos oficiais. Não se considerava instruído um homem sem conhecimentos musicais. Apreciado o seu som desde as dinastias Shang e Zhou, os antigos usavam carrilhões de pedras sonoras para acompanhar rituais, banquetes, procissões e danças no âmbito de práticas budistas e confucionistas.
Dinastia Qing
Na dinastia Qing (1644-1911), com a retoma de tradições confucianas por parte da corte Manchu desejosa de vincular a sua dinastia, foram encomendados yuqings para acompanhar os rituais. Nesta época existiam dois tipos de conjuntos: o carrilhão de dezasseis pedras suspensas na mesma armação, o bianqing, e o teqing; conjunto de doze pedras dispostas em armações individuais.
Exemplares em jade como os da Casa-Museu eram unicamente empregues no entorno imperial como instrumentos musicais rituais, nomeadamente nos serviços em honra de Confúcio que se realizam na Primavera e no Outono. Utilizavam-se ainda no grande cerimonial divino de música e dança ‘Zhonghe shao’ – existente desde o Neolítico -, realizado ainda durante a dinastia Qing, no Templo do Céu na Cidade Proibida em Pequim. Esta cerimónia acompanhava as orações e sacrifícios dos imperadores dirigidas ao Céu ou aos antepassados, os pedidos de boas colheitas ou ainda as tomadas de posse dos imperadores (acreditava-se que o som da pedra sonora, tocada no fim de cada frase musical, inspirava os ouvintes para a justiça e paz).
De acordo com os registos do Palácio Imperial, conhece-se a encomenda de qing de jade na época dos imperadores Kangxi e Qianlong. O peso e dimensões dos exemplares conhecidos (entre 5 e 7 kg e c.50cm de comp.) ilustra o tamanho de nefrite em bruto que era necessário para obter peças destas dimensões e o trabalho e tempo envolvidos que certamente seria confiado aos melhores artesãos.
A palavra qing confunde-se com o som de outro carater que significa boa sorte e felicidade, a frase ‘Chi Ch’ing’, que quer dizer ‘fazer soar a pedra sonora’, é equivalente a ‘Que as bênçãos te atinjam’ ou a ‘Boa sorte e melhores votos’, como tal, objetos em forma de pedras sonoras, não enquanto instrumentos musicais mas enquanto objetos decorativos, eram oferecidos como presente de aniversário ou de regozijo e incluídos nos dotes das noivas. São diversos os exemplares desta tipologia da época Qianlong.
As pedras sonoras
As duas pedras da Casa-Museu são feitas de uma só peça de nefrite, a mais leve, com 5.500kg, no apreciado verde escuro, chamado verde espinafre e também conhecido como verde imperial e a outra, a mais pesada, com 6.800kg, um pouco mais clara, num verde chamado maçã. Apresentam ambas a mesma decoração de delicada pintura, a dois tons de ouro, a fino pincel, revelando grande perícia caligráfica – a arte de tai cu. Notem-se os elementos decorativos cujos delineado é feito por linha dupla, o pormenor e a expressividade das figuras dos dragões que preenchem o espaço parecendo encontrar-se em movimento.
Ao contrário destas peças, a técnica mais comum de decoração a ouro em outras peças de jade, é feita com incisões que são pintadas a ouro ou cobertas com folha de ouro.
A temática decorativa – semelhante no verso e no reverso – representa, entre chamas e enrolamentos de nuvens estilizadas em forma de lingzhi (cogumelo mágico), dois ondulantes dragões alados, com cornos, bigodes e escamas, de quatro patas com cinco garras, afrontados, voltados para uma pérola em chamas, a pérola da sabedoria (cintamani) que se encontra entre as suas cabeças. Este último elemento, encontrando-se no topo angular, foi aproveitado para fazer o orifício que serve de ponto de suspensão das pedras. As pedras são delimitadas por duplo filete. A pintura a ouro era aplicada diretamente em cima da nefrite, sendo de seguida polida para puxar o brilho, este tipo de pintura sendo muito frágil, explica algum desvanecimento da decoração.
A temática do dragão de cinco garras a perseguir a pérola da sabedoria é uma simbologia imperial pois estes dragões são um símbolo do imperador (desde a dinastia Han) e a pérola em chamas que perseguem, para além de ser também um dos oito objetos preciosos, é uma metáfora da perfeição e do conhecimento, qualidades que o imperador deve perseguir no seu reinado.
Oito Objetos Preciosos – pedra sonora (ao centro)
Os bordos são igualmente decorados (mãos diferentes) com delicados enquadramentos a tinta de ouro, sendo que nos dois lados mais compridos se abrem reservas com inscrições (da chang) em escrita kaishu (estilo regular de caligrafia) que indicam, para além do encomendante e da data, o tom (lu) na escala de dezasseis tons musicais, correspondente a cada pedra, bem como os respetivos nomes (nomes atribuídos às notas):
- Pedra sonora jade verde-escuro – Kang Hsih Wu shih Wu Nien Chih (7 carateres), que significa: ‘Feito no 55º ano de Kangxi’ (1716) e Ruibin (2 carateres), correspondente ao 11º tom mais alto. Nome: ‘O hóspede própero’
- Pedra sonora jade verde-claro – Kang Hsih Wu shih Wu Nien Chih (7 carateres), que significa: ‘Feito no 55º ano de Kangxi’ (1716) e Yingzhong (2 carateres), correspondente ao 16º tom, o mais alto. Nome: ‘O responsável máximo’
Inscrições na pedra jade verde imperial / Inscrições na pedra de jade verde claro
As pedras sonoras estão suspensas em suportes individuais de madeira (modernos), por cordão de fios de seda dourada (foram assim adquiridas). Esta não é porém a forma correta de exposição pois as duas pedras terão pertencido a um biaqing, conjunto de 16 pedras sonoras, que eram dispostas num só suporte, em duas filas de oito. Estes suportes eram, em si mesmos, objeto de elaborada decoração. Os objetos foram adquiridos com uma baqueta de madeira com cabeça de pele que não é rigorosa já que estes instrumentos seriam percutidos com uma baqueta só em madeira, na parte mais comprida das pedras.
As duas pedras da Casa-Museu formavam, pois, parte de um biaqing imperial, do reinado do imperador Kangxi, fazendo destes exemplares um conjunto de exceção. A raridade da encomenda, do material, da manufatura e da decoração são disso prova.
Existem outras pedras com a mesma datação – provavelmente do mesmo carrilhão – no Metropolitan Museum de Nova Iorque (http://www.metmuseum.org/collection/the-collection-online/search/61946?rpp=30&pg=1&ft=sonorous+stone&pos=2), no Chicago Art Institute e no Museu de Arte Asiática da Galeria Freer Sackler em Washington (https://www.freersackler.si.edu/?s=musical+chime&collection-area=chinese-art&search_context=objects&post_type=tms_object), para além de peças que ocasionalmente aparecem no mercado leiloeiro (https://www.christies.com/lotfinder/lot/a-large-imperial-gilt-decorated-spinach-green-jade-musical-6200206-details.aspx?from=salesummery&intobjectid=6200206&sid=56257d6e-776f-4f90-a994-6b10c149df65).
Mais comuns são carrilhões com a mesma tipologia decorativa, mas um pouco mais tardios, já datados do período do imperador Qianlong (1736-1795), nomeadamente um teqing (12 pedras) de 1761 e um biaqing (16 pedras) de 1764, cujas pedras se encontram também dispersas, em museus e coleções particulares, nomeadamente no Walters Art Museum de Baltimore (http://art.thewalters.org/detail/11631/chime-from-an-imperial-set/), no RISD Museum em Providence, Rhode Island (http://risdmuseum.org/manual/159_jade_lithophone_with_dragon_decoration), no Flint Institute de Michigan (https://flintarts.org/art/objects/278) e no Museu de Arte de Macau (http://www.mam.gov.mo/oldmam/showcontent.asp?item_id=20121213010200&lc=2). O Museu do Palácio Imperial em Pequim possui um carrilhão teqing completo, de 1761, e um biaqing completo de 1764 em exposição.
Em Julho de 2019 a Casa-Museu recebeu a visita da estudante chinesa Xueyang Fang, mestranda da Universidade de Huddersfield em Inglaterra, que no âmbito da sua pesquisa de instrumentos musicais chineses, analisou as duas pedras sonoras (fotos e medidas), tendo gravado o som que estas pedras emitem ao serem percutidas, de modo a estabelecer comparações com outros exemplares objeto do seu estudo.
Proveniência
As duas pedras terão pertencido às coleções imperiais da época do imperador Kangxi (1662-1722).
As pedras foram adquiridas ao antiquário inglês John Sparks (128, Mount Street, Londres), a 8 de Julho de 1946, por 200£. Sparks foi um dos antiquários especialistas em arte oriental que, devido às ligações à China, abasteceu o mercado inglês com obras de grande qualidade. Para além de vender diversas peças a Medeiros e Almeida, nomeadamente de porcelana, também representou o colecionador em compras de peças chinesas nas leiloeiras inglesas.
Maria de Lima Mayer
Casa-Museu Medeiros e Almeida
NOTA: A investigação é um trabalho permanentemente em curso. Caso tenha alguma informação ou queira colocar alguma questão a propósito deste texto, por favor contacte-nos através do correio eletrónico: info@casa-museumedeirosealmeida.pt
Bibliografia
AA.VV., Chinese Jade through the Ages, in: Transactions of the Oriental Ceramic Society, vol. 40, 1973-74/1974-75, London: 1976
BARTHOLOMEW, Terese Tse, CLARK, Mitchell. The Walters Art Gallery Jade Qing Litophone and Related Pieces, in: The Journal of the Walters Art Gallery, Vol.49/50. 1991/1992. The Walters Art Museum, Baltimore, USA
RANDEL, Don Michael. The Harvard Dictionary of Music, Harvard: Harvard University Press, 2003
RIENAECKER, Victor. Chinese Jade Carving – Part II in Apollo, Magazine of the Arts for Connoisseurs and Collectors, Janeiro e Fevereiro 1947
SOUZA, Énio de. Estudo de Caso: Duas Pedras Sonoras (Qing) Coleção Casa-Museu Medeiros e Almeida, in: BARRETO, Luís Filipe, SERRÃO, Vítor (eds.); Património Cultural Chinês em Portugal, Lisboa: Centro Científico e Cultural de Macau, Fundação Jorge Álvares, 2015
WILLIAMS, Charles Alfred Speed. Chinese Symbolism and Art Motifs – a Comprehensive Handbook on Symbolism in Chinese Art through the Ages, Londres: Tuttle Publishing, 2006
Webgrafia
YU HUICHUN; Qianlong’s Divine Treasures: The Bells in Rhyming-the-Old Hall – http://www.jstor.org/stable/41649979?seq=1#page_scan_tab_contents
Museu de Arte de Macau; Citação de Chan Hou Seng, Director do Museu – http://www.mam.gov.mo/oldmam/showcontent.asp?item_id=20121213010200&lc=2
Museu Metropolitano de Arte de Nova Iorque; Qing (chime) for linzhong – http://www.metmuseum.org/toah/works-of-art/03.15.1
Museu Metropolitano de Arte de Nova Iorque; Music and Art of China, Heilbrunn Timeline of Art History – http://www.metmuseum.org/toah/hd/much/hd_much.htm
Christie’s – http://www.christies.com/lotfinder/lot/a-rare-large-imperial-gilt-decorated-spinach-green-jade-5848789-details.aspx